Segurança | 18/09/2015 | 07:30
Jovens preferem atendimento por chat
Especial de Cristina Indio do Brasil, da Agência Brasil
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Cerca de 80% das pessoas que procuram atendimentos por meio de chat do Livslinien Institute têm menos de 30 anos. A entidade funciona há 20 anos com apoio do Ministério da Saúde da Dinamarca. Mas o atendimento por meio do bate-papo eletrônico foi estruturado há apenas um ano. Segundo o educador e diretor Jeppe Kristen Toft, o trabalho com esse tipo de comunicação atrai a população mais jovem, enquanto a linha de atendimento de crises por telefone é mais procurada por pessoas entre 40 e 50 anos.
“O jovem, quando não vê perspectiva, ânimo e desafios energizantes no futuro, como é impulsivo, pode ter pensamentos, ações suicidas e até cometer o suicídio”, aponta também o presidente do Centro de Valorização à Vida, Robert Gellert Paris Junior. “A pessoa, quando pensa em se matar, está em estado de ambivalência. Ela não quer morrer, mas se livrar da dor muito forte que a deixa com o raciocínio nebuloso”, explica.
No Brasil, o CVV tem o programa por chat há cinco anos e atende a cerca de 60 mil pessoas por ano. “É uma ação que deve ser feita e incrementada. Enquanto não sabemos exatamente a causa, vamos agir na população jovem e disponibilizar meios para que esses jovens possam falar de seus sentimentos, dizer que não estão se sentindo bem, para que não tenham vergonha de dizer que estão mal e não sejam forçados a ser felizes”, pontua.