Diego Figueira [Diário de Canoas]
Segurança | 27/02/2019 | 19:07
Júri em Canoas condena quadrilha que assassinou corretor de Içara e a esposa
Redação | com a colaboração de Márcio Daudt, do TJRS
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Após 20h de julgamento, o Júri da Comarca de Canoas (RS) condenou três homens pelos assassinatos de Paulo César Raichaski e Solange de Lima Vargas na manhã desta quarta-feira, dia 27. As penas dos réus foram definidas pela juíza Betina Mostardeiro Mühle de Constantino em até 46 anos e seis meses de reclusão para João Marcelo Dias. Everton Machado de Borba foi condenado a 40 anos, quatro meses e 15 dias enquanto Diego Ribeiro recebeu a sentença de 45 anos e seis meses. Todos deverão cumprir em regime inicialmente fechado.
Uma primeira sessão de julgamento chegou a ser iniciada em dezembro de 2018, mas foi interrompida após 13h por causa do mal-estar de uma das juradas. Além da condenação por homicídio triplamente qualificado, os réus foram considerados culpados por associação criminosa armada. João Marcelo também foi condenado por receptação e Diego por extorsão. Dentre os réus, dois faleceram antes do julgamento, entre eles, o criciumense apontado como mentor, Wladimir Luciano de Jesus Israel Zeferino.
A denúncia do Ministério Público indicou Wladimir como o principal articulador dos crimes. A causa apontada foi a insatisfação com as negociações com Paulo César pela compra de uma casa. Ele queria fazer parte do pagamento com um automóvel, condição que a vítima, corretor de móveis de Içara, não aceitou. Wladimir sugeriu então que o negócio fosse fechado em São Leopoldo. Alegando problemas com o carro, pediu que a vítima fosse buscá-lo para, então, irem ao tabelionato. No local do encontro, o casal foi neutralizado, espancado, roubado e mantido preso antes da carbonização em um carro em Canoas em agosto de 2015.