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Segurança | 25/09/2013 | 11:09

Lei Maria da Penha não reduz mortes

Especial de Carolina Sarres, da Agência Brasil

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A Lei Maria da Penha não teve impacto sobre a quantidade de mulheres mortas em decorrência de violência doméstica. Este é o resultado do estudo sobre feminicídio divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) nesta quarta-feira, dia 25. De acordo com os dados do instituto, entre 2001 e 2006, período anterior à lei, foram mortas, em média, 5,28 mulheres a cada 100 mil. No período posterior, entre 2007 e 2011, foram vítimas de feminicídio, em média, 5,22 mulheres a cada 100 mil.

Entre 2001 e 2011, estima-se que cerca de 50 mil crimes desse tipo tenham ocorrido no Brasil, dos quais 50% com o uso de armas de fogo. O Ipea também constatou que 29% desses óbitos ocorreram na casa da vítima – o que reforça o perfil das mortes como casos de violência doméstica. Para o instituto, o decréscimo é sutil e demonstra a necessidade da adoção de outras medidas voltadas ao enfrentamento da violência.

Feminicídio é o homicídio de mulheres em decorrência de conflitos de gênero, geralmente cometidos por um homem, parceiro ou ex-parceiro da vítima. Esse tipo de crime costuma implicar situações de abuso, ameaças, intimidação e violência sexual. Em relação ao perfil das principais vítimas, o Ipea constatou que elas são mulheres jovens e negras. Do total, 31% das vítimas têm entre 20 e 29 anos e 61% são negras.