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Jornal Gazeta

Segurança | 25/07/2017 | 09:04

Na condução pelo caminho da vida

Especial do Jornal Gazeta

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Para uma atividade de socorro do Corpo de Bombeiros ser bem sucedida, há um profissional fundamental antes mesmo de chegar à ocorrência. Trata-se do motorista, seja a ambulância ou o caminhão de combate a incêndio. Entre aqueles militares que carregam a responsabilidade de dirigir as viaturas em Içara está o soldado Marcel Minatto.

“Esta é uma profissão que amo muito. Acredito que nasci para isso. É algo que faço com prazer. É uma função muito importante, porque, além da questão do tempo de resposta, há também o cuidado”, ressalta. Minatto ingressou no Corpo de Bombeiros há cinco anos e logo depois começou a atuar como motorista.

“Quando entrei, passei minha carteira a modo que pudesse dirigir os veículos do Corpo de Bombeiros e também participei de cursos”, conta o militar, que está há um ano em Içara.
“Contamos com um programa que nos orienta e há também o auxílio de quem está na base para passar as coordenadas, os pontos conhecidos”, relata.

Socorro exige apoio dos demais motoristas

“Não sei o que passa na cabeça de algumas pessoas, se acham que a gente está brincando ou que o caso que estamos indo socorrer não é sério, mas há aqueles que evitam deixar a gente passar. Teve inclusive um caso que tive que forçar a ultrapassagem porque o motorista sempre nos fechava. Quando consegui fazer, ele simplesmente se virou para a gente e disse palavras de baixo calão”, lamenta.

“Mais da metade acredito que tenha esta consciência e permite a passagem. Mas há algumas vezes em que a pessoa está no carro com som alto ou falando ao celular e acaba não prestando atenção que há o Corpo de Bombeiros indo fazer um socorro. Daí fazendo alguma sinalização diferente, a pessoa entende e abre a passagem”, explica Minatto.

Ficar responsável pela condução de veículos de socorro do Corpo de Bombeiros de Içara é uma tarefa para poucas pessoas. Em razão disso, Minatto comenta que o fato é motivo de orgulho para a sua família. Porém ao mesmo tempo que os familiares se sentem honrados em ter alguém nesse trabalho, há a preocupação.

“Eles são bem orgulhosos, mas se preocupam, porque querendo ou não é algo perigoso, é uma profissão arriscada. Muitas vezes se faz atendimento na via e ao mesmo tempo passam carros em alta velocidade, então eles se preocupam bastante. Porém eles entendem que isso é algo necessário e, assim como todas as profissões, ser socorrista é algo muito importante”, considera o militar.