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Segurança | 24/09/2013 | 18:01

“O pedófilo não tem rosto”, aponta sargento

Lucas Lemos com informações de Francis Leny, da Prefeitura de Içara

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Pode ser o marido, a pessoa que vai levar a criança na escola e que dedica a vida para a família. Ou pode ser o mesmo que toda semana vai para a delegacia pela Lei Maria da Penha. “O pedófilo não tem rosto, modo de andar, se vestir... Se não é próximo da criança, se aproxima da família”, aponta a sargento Tânia Mara Abrão Guerreiro. O alerta da policial militar foi dado em uma palestra nesta terça-feira, dia 24. O evento aconteceu no salão da igreja São Donato.

“Em meus 30 anos de carreira eu ainda não consegui entender o pedófilo. Ele tem vida social normal, tem esposa, mas se atrai por crianças”, comenta Tânia. “São cerca de 20 crianças e adolescentes que sofrem por dia algum tipo de violência no estado. Estamos então aqui para debater o problema que está tão próximo de nós”, destaca a secretária de Assistência Social, Trabalho e Renda, Juci Fernandes.

“Se houver exploração de um adulto, de um trabalhador, ele se manifesta; a criança dificilmente faz isso. As profissionais que trabalham com elas devem detectar. Onde há crianças o território é sagrado, intocável”, enaltece o prefeito Murialdo Canto Gastaldon. “É responsabilidade nossa como educadores, pais, gestores, a conscientização da informação. Temos que debater para combater o problema”, completou.

A realização do fórum ocorreu no Dia Estadual de Combate a Violência e Exploração Sexual Infanto-Juvenil com a participação dos servidores que formam rede de serviços de Içara e pessoas que possuem contato direto com as crianças. Além da palestra, houve ainda a apresentação das crianças do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos de Esplanada. O evento organizado pelo Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas) teve a participação ainda do vice-prefeito Sandro Giassi Serafim, da promotora Maria Claudia Tremel de Faria, o secretário de Educação Antônio de Mello, presidente do Legislativo Laudo Calegari (PMDB) e outras autoridades locais.

ABAIXO-ASSINADO - A palestra serviu também para a coleta de assinaturas. A intenção é que o abaixo-assinado sensibilize as autoridades legislativas para a inserção no Código Penal do crime de pedofilia. O documento pede que seja considerado hediondo, ou seja, caracterizados pela extrema violência e com requintes de crueldade. Isto já ocorre, por exemplo, em casos de latrocínio, estupro, além de ser equivalente a terrorismo e tráfico.