Segurança | 13/09/2013 | 10:32
O que fazer no ataque de um cão?
Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com
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O ataque de um rottweiler a uma criança de nove meses nesta semana serve de alerta tanto pelo porte do animal que estava solto quanto pelas medidas necessárias. É que os cães, gatos e morcegos podem transmitir, por exemplo, a raiva. A doença se não for tratada é letal ao animal e também a pessoa infectada. No caso dos cachorros, a perda de apetite e os outros sintomas levam ao óbito em até 10 dias. Já nos humanos, o quadro clínico demora em média 45 dias para se manifestar.
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“Como o animal foi morto, a criança recebeu de imediato o soro e vai tomar cinco doses da vacina antirrábica nos próximos 28 dias. Se o cão não tivesse sido sacrificado, esperaríamos 10 dias para ver se os sintomas se manifestariam no animal. Isto quando é possível fazer o monitoramento. Mas não temos casos registrados na região nos últimos anos. Indiferente disso, é preciso que as pessoas cuidem do ferimento”, coloca a coordenadora de Vigilância Epidemiológica de Içara, Laura Gomes Maté.
“Correr ao ver um cão de grande porte não é o ideal. Estes animais sentem a energia da pessoa. A recomendação geralmente é deitar no chão e ficar imóvel. Mas isto depende também do animal. A agressividade deles é uma consequência da forma com que foram criados. Por serem maiores, também podem machucar em brincadeiras”, relata o veterinário Marcus Vinicius Back.
Deixar em liberdade, confiar a guarda de pessoa inexperiente ou não dispor da devida cautela com animais perigosos pode resultar em prisão de 10 dias a dois meses e multa. “Os proprietários precisam ficar atentos para o uso de focinheiras. Isto vale para os rottweiler, pitbulls, labradores e outras raças maiores”, lembra Marcus. A medida é atualmente obrigatória para cães de guarda.