Segurança | 16/02/2023 | 14:22
Polícia Militar intensifica estratégias contra furtos em Içara
Ações acontecem em resposta ao aumento deste tipo de crime no início do ano
Andreia Limas - andreia.limas@canalicara.com
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Barreiras, ampliação do policiamento comunitário, além de mais de 500 abordagens qualificadas - em que é possível flagrar pessoas com armas de fogo ou armas brancas na rua – são algumas das ações estratégicas da Polícia Militar de Içara para coibir novos crimes na cidade. Além do engajamento dos policiais, a comunidade também foi chamada a contribuir na prevenção, principalmente, de furtos, um tipo de crime que teve crescimento de 28% em janeiro em comparação à média mensal.
“Quando identificamos esse aumento em meados de janeiro, nós começamos a estimular a criação da Rede de Vizinhos, que faz com que os moradores tenham um conhecimento ampliado sobre a segurança pública. Ampliamos a Rede nessas comunidades onde houve mais ocorrências”, salienta o comandante do 29º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Eduardo Moreno.
“A lei hoje exige que o cidadão comum se previna, aumentando o muro de casa, tendo um cão de guarda, não deixando bens à mostra. Para que esse ladrão não escolha a sua casa. Nas reuniões da Rede de Vizinhos, conversamos com a comunidade, passamos dicas para que as casas desses moradores não sejam alvos”, completa o comandante.
Número de roubo em queda
Içara registrou em janeiro apenas um roubo, ou seja, a utilização de violência ou grave ameaça para subtrair algo. Conforme o comandante da PM, foi o menor índice dos últimos cinco anos. “Içara foi exemplo no âmbito do 29º Batalhão, que abrange de Balneário Rincão a Lauro Müller”, ressalta.
Legislação branda para furtos
Já o número de furtos disparou. A PM atendeu 38 ocorrências desse tipo. “Um delito difícil de combater, porque depende de uma série de fatores. O principal deles é uma legislação rigorosa, que mantenha o indivíduo preso ao menos pelo tempo que ele possa pensar em não cometer o crime novamente. E isso nós não temos”, acrescenta.
Na avaliação do oficial, em vez de desestimular o delito, a legislação acaba tendo o efeito contrário, por ser muito branda. “Nós realizamos as prisões várias vezes, mas o ladrão não fica preso e acaba virando um profissional do crime. Mesmo que sejam abordados na rua e tenham várias passagens (policiais), não podem ser presos porque não estão cometendo nenhum crime naquele momento”, exemplifica.