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Segurança | 11/07/2013 | 07:54

Policiais civis decretam estado de greve

Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã

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A proposta de reajuste salarial apresentada pelo delegado-geral foi rejeitada e a Polícia Civil de Santa Catarina deliberou por indicativo de greve em assembleias regionais realizadas em sete cidades do Estado na quarta-feira, dia 10. A paralisação das atividades deve ocorrer dentro do prazo de 15 dias, isso porque alguns trâmites legais precisam ser respeitados antes que as atividades sejam interrompidas completamente.

Em Criciúma, o encontro aconteceu no auditório da Associação Empresarial e Industrial de Criciúma (Acic), reunindo profissionais de Criciúma, Araranguá, Tubarão e Laguna. Após a reunião, o grupo seguiu em passeata pela Avenida Centenário até o Parque das Nações. O trânsito em um dos lados da via foi bloqueado pelos manifestantes. Os veículos tiveram que transitar pela faixa exclusiva de ônibus.

A oferta colocada em votação, que foi apresentada informalmente na terça-feira pelo delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Ávila Pinheiro aos representantes do Sindicato dos Policiais Civis de Santa Catarina (Sinpol-SC), sugere aumento de 60% sobre o vencimento. O valor seria pago em três parcelas de 20%, com vencimento em agosto de 2014, agosto de 2015 e dezembro de 2015. Ao término, seria incorporado o subsídio, porém a classe perderia as horas extras e adicional. “Está muito abaixo do que merecemos”, analisa o diretor de divulgação do Sinpol, Arilson Nazário.

A proposta foi rejeitada por unanimidade em Criciúma. Posteriormente foi colocada em votação a paralisação das atividades, que também foi aceita por todos. Em sinal de aprovação, todos se levantaram. “Estamos no período pré-greve. Temos que garantir efetivo mínimo para atender os flagrantes e crimes contra a vida. A tomada de depoimentos e emissão de documentos de veículo e CNH (carteira de motorista) também ficarão prejudicados. Não seremos tão radicais. A greve é apenas uma ferramenta que o trabalhador utiliza para mostrar a força ao governador”, pontua Nazário.

Além de parar os serviços, a classe deve realizar operações padrão, cumpra-se a lei, CQC e entre outras. “Temos que entrar na greve para valer, para sairmos valorizados. O governo só entende a linguagem radical. Não adianta fazer operação padrão, temos que ir em frente as SDRs (Secretarias de Desenvolvimento Regional), paralisar Ciretrans e delegacias”, frisa o policial civil Darlan Baumart.

“Queremos um salário sólido, para que todo policial aposentado ou que tenha que se afastar por atestado médico, não tenha perda de salário”, coloca o sindicalista. “Tem policial aposentado passando fome, que não tem dinheiro para comprar remédio. Somos tratados como palhaços. Temos que pensar no aposentado, por isso peço que lutem”, expôs um policial civil aposentado durante a assembleia.

Por conta do baixo salário, muitos acabam deixando a instituição. De 2007 a 2013, 891 pessoas saíram da Polícia Civil. No mesmo período, houve 1217 admissões. “Hoje contamos com 3193 policiais civis. Estamos encolhendo e envelhecendo”, enaltece Nazário. As assembleias aconteceram simultaneamente por teleconferência.