Segurança | 31/05/2013 | 09:43
Restaurantes em alerta contra golpe
Especial de Amanda Tesman, do Jornal da Manhã
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A ação de um estelionatário passará a ser investigada pela Polícia Civil de Criciúma. O suposto golpista foi identificado na madrugada de quinta-feira, dia 30. Isto depois da denúncia do proprietário de um restaurante do município. S.F.M., de 30 anos, foi detido pela Polícia Militar e conduzido a Central de Plantão Policial (CPP) para a realização dos procedimentos legais.
Conforme o denunciante, o homem pagava pela comida com cartão de crédito. A compra, entretanto, era cancelada posteriormente, não sendo computado o pagamento. Em um estabelecimento localizado na Rua Marcos Rovaris, no Centro, o prejuízo chegou a R$ 500. “Desde 2012 ele vem aplicando golpes no meu estabelecimento. Esta semana ele fez um pedido na segunda-feira, foi quando o identificamos, pois lembramos que ele já havia aplicado um golpe. Ontem ele voltou a ligar, fez um pedido no valor de R$ 97, por isso resolvi acionar a polícia”, comenta o proprietário P.M.M., de 41 anos.
A abordagem ao homem aconteceu no momento da entrega da mercadoria. Outras quatro pessoas de diferentes restaurantes procuraram a Delegacia de Polícia para registrar o fato. A forma de ação era praticamente a mesma. O valor do prejuízo, de acordo com ele, varia de R$ 500 a R$ 3 mil. Em um empreendimento localizado na Rua Joaquim Nabuco, o suspeito de estelionato efetuou quatro compras. Cada aquisição girava em torno de R$ 200. “Ele sempre pedia em grande quantidade, duas pizzas gigantes, com uma caixa de cerveja, vinho, bastante refrigerantes”, ressalta o dono, S.S., de 34 anos.
Somente esta semana ele tentou agir duas vezes contra o estabelecimento. Numa das vezes obteve êxito, mas na segunda, como foi identificado, o pedido não foi entregue. As vítimas acreditam que o golpista utilizava cartões provenientes de furto ou roubo, já que ele recusou, algumas vezes, a assinar a nota de compra, e desistia da compra ao ser informado que a máquina do cartão de crédito seria levada até o local da entrega. “Como a máquina móvel é mais cara, muitos estabelecimento, para efetuar as compras de tele-entrega com cartão, pedem apenas o número do cartão e código de segurança para efetuar a compra. A entrega é feita com a aprovação da compra, mas depois ela era cancelada, o que só é comunicado às empresas posteriormente”, explica S.
Todo o caso foi analisado pelo delegado de plantão Ulisses Gabriel. Contra S. foi lavrado um Termo Circunstanciado. “Como não houve situação de flagrante, pois a compra não foi efetivada, sendo caracterizado o crime de estelionato de forma tentada, e ele não é reincidente, foi firmado contra ele um Termo Circunstanciado”, comenta a autoridade. O caso será investigado em Inquérito Policial. Se no decorrer das investigações for constatada a necessidade, a prisão preventiva do possível golpista pode ser solicitada ao Poder Judiciário. “O dono já estava desconfiado, pois já havia sido vítima, e acionou a polícia. Apesar de ter existido as outras situações, eu não posso fazer o flagrante por fatos pretéritos”, completa Gabriel.