Réus da Operação Psicose são condenados

Detida pela Polícia Federal num apartamento no Centro de Içara durante a Operação Psicose, a líder da quadrilha que atuava com fraudes na Previdência Social em 2012 foi condenada pela participação em 32 estelionatos até agora. O médico responsável pelo fornecimento dos atestados foi penalizado por 26 crimes. A Justiça Federal também condenou quatro pessoas por formação de quadrilha. Além disso, 42 segurados tiveram sentenças decorrentes do envolvimento no esquema.

Conforme informado pelo Ministério Público Federal, o grupo atuou no Sul de Santa Catarina e na Grande Florianópolis entre 2008 e 2012. Os clientes eram abordados, por vezes, nas próprias agências previdenciárias com a promessa de facilidades para obtenção de auxílio-doença e aposentadoria. Para isso, recebiam atestados de esquizofrenia. O grupo ainda agendava perícias no INSS e conduzia os clientes passando-se por parentes ou cuidadores.

Em contrapartida, os membros da quadrilha recebiam o pagamento equivalente a um mês de benefício a cada perícia, e, em caso de aposentadoria, R$ 8 mil através de empréstimos consignados obtidos pelos segurados. Ao todo, a fraude favoreceu 93 pessoas com prejuízo superior a R$ 4 milhões. Os integrantes do grupo foram condenados também em outras ações por estelionato e exploração de prestígio, neste caso, por alegar falsamente aos clientes que servidores precisariam ser subornados.