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Segurança | 06/12/2012 | 21:56

Rombo na CDL ultrapassa R$ 600 mil

Lucas Lemos - lucas.lemos@canalicara.com

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Entre janeiro de 2009 e março de 2012, cerca de R$ 600 mil foram subtraídos de comerciantes e da própria Câmara de Dirigentes Lojistas de Içara. Entretanto, este valor ainda é parcial. Isto porque apenas 60 dos 250 associados entregaram os documentos requisitados para auditoria. O rombo descoberto em abril resultou na demissão de KRZ e KFS, na abertura de um inquérito na Polícia Civil e nos consequentes indiciamentos. A denúncia por estelionato tramita agora na segunda vara da Comarca de Içara.

Conforme o presidente da CDL, José Dionísio Cardoso, a fissura no caixa foi constatada após a reclamação de uma imobiliária. O número de consultas pagas pela empresa ao SPC era acima do que se estimava. Ao ter acesso ao espelho original fornecido pela federação, observou-se então que havia superfaturamento. Estabelecimentos da própria diretoria também sentiram os efeitos do golpe. E assim foram distribuídas comunicações para que todos os associados enviassem os recibos das consultas para comparação.

Advogado da CDL, Lauro Mor explica que nem todos os comerciantes tiveram a cobrança superfaturada. Foram poupadas principalmente as menores empresas. Entre aqueles em que ficou constatado o crime, o montante chegou a quase R$ 350 mil nos três últimos anos. As faturas enviadas aos clientes do SPC continham valores acima do real. Já os documentos apresentados para o controle do caixa da associação apresentavam menos. Com isso a entidade também foi prejudicada financeiramente em quase R$ 250 mil neste período.

Após verificado por onde o dinheiro era escoado, a CDL chegou a encontrar a mesma operação desde 2001. Porém, os casos antecedentes a 2008 prescreveram. Já as irregularidades posteriores deverão ser novamente calculadas. Para isso os associados terão 10 dias úteis para repassar os recibos do período. O prazo estimado para o alargamento da auditoria será de 45 dias. E ao final disso os comerciantes terão sete dias para manifestar o desejo de participar da ação coletiva a ser ingressada em fevereiro de 2013. Outra opção será requisitar o ressarcimento individualmente.

“Pelas famílias nobres e conhecidas que fazem parte, requisitamos uma proposta para o ressarcimento. Mas os advogados de defesa apresentaram que as indiciadas não tinham patrimônio para isso”, destaca Lauro. O inquérito realizado pelo delegado Rafael Marin Iasco teve 1,8 mil páginas. Por parte da Federação das CDLs de Santa Catarina, o caso serviu de alerta. Em Içara, a descoberta obrigou mudanças na cobrança dos serviços. O relatório repassado aos associados passou a ser uma cópia do extrato emitido pela FCDL. Além disso, o recebimento do dinheiro agora ocorre através de boletos bancários.

De acordo com Déio, a recuperação financeira foi observada tão logo estancado o problema. Os quase R$ 20 mil devidos ao banco foram revertidos em cerca de R$ 60 mil positivos. Tanto é que a campanha do Dia dos Pais, do Dia da Criança, a iluminação de Natal no Centro da cidade e até a realização do Sábado Total não gerou qualquer tipo de cobrança extra neste ano. A explanação de todos os dados investigados foi apresentada para os associados em assembleia geral na noite desta quinta-feira, dia 6.