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Segurança | 16/04/2011 | 11:25

SC-444: Sem acostamento nem reforma

Especial de Kênia Pacheco, do Jornal do Rincão

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Sem acostamentos em vários trechos, tomada por matagal em alguns pontos e recheada de problemas, a Rodovia Paulino Búrigo, SC-444, clama por melhorias. As pessoas que transitam diariamente no local, temem pelo perigo que correm. No último sábado, um vendedor de algodão doce, perdeu a vida ao tentar atravessar a estrada, na altura de Sanga Funda.

Há exatos 211 dias não havia registro de morte no banco de dados da Polícia Militar Rodoviária Estadual de Içara. O principal problema, apontado pelo sargento Adilson de Oliveira, é realmente a falta de acostamento em bairros com grande quantidade de moradores. Como por exemplo, Sanga Funda, Vila Nova, Lombas Pedreiras e Pedreiras.

Segundo Adilson, há pontos em que os ciclistas trafegam por cima da pista. Para transitar com segurança em uma rodovia, o sargento adianta que o indivíduo precisa ter paciência para principalmente observar a distância em que está do veículo. Pessoas com maior idade, precisam ter atenção redobrada. Não podem atravessar sem ver o espaço que tem entre ela e o carro mais próximo, sendo conhecedor de suas possibilidades.

“Hoje o pedestre fez valer seus direitos, mas tem que saber que é o mais frágil no momento de um acidente”, orienta. O sargento ainda relata que a SC-444 é extremamente movimentada durante o ano inteiro. “De cada 100 acidentes, 99 foi causado por falta de atenção, mas, as infrações também podem causar acidentes”, explica o sargento. Ultrapassagens indevidas, ingerir bebida alcoólica e o excesso de velocidade são as três principais imprudências de trânsitos, motivadoras de acidentes.

No ano de 2010, entre o dia 1º de janeiro e o dia 12 de abril foram registrados 128 acidentes. Um com morte e 57 com pessoas feridas. Foram registrados inclusive quatro atropelamentos, mas nenhum resultou em morte. Conforme informações da Polícia, dos 128 acidentes, 91 ocorreram em tempo bom. Foram envolvidos 252 condutores e veículos. No comando destes veículos estavam 197 homens. Nenhum dos acidentes neste período teve envolvimento com ciclistas.

Em 2011, no mesmo período os números foram semelhantes. Tanto que foram 129 acidentes registrados, apenas um a mais que no ano anterior. O número de feridos reduziu um pouco, desceu de 57 para 49 feridos. Em dias de tempo bom, foram contabilizados 96 acidentes. Estiveram envolvidos 257 veículos e 212 homens conduziam os automóveis. Um só atropelamento foi registrado, mas não houve mortes, além do registrado na última semana.

São registrados 15 mil veículos em Içara e Criciúma por ano, sem contar com o que se registra nos municípios vizinhos. A rodovia tem movimento na baixa temporada. Entre o bairro Vila Nova e Criciúma transitam por dia entre 30 e 35 mil veículos todos os dias. Fora da temporada o trânsito é bem menor.

A pedagoga Alessandra Oliveira da Luz reside às margens da Rodovia, no bairro Pedreiras há pelo menos mais de uma década. Para ela, a pista que não suporta mais a demanda de veículos que recebe diariamente está defasada e uma reforma geral já é urgência. Alessandra conta que muitas famílias daquela comunidade já perderam algum parente. “Acredito que uma rótula ou uma sinaleira no trevo do bairro poderia colaborar um pouco também, e evitar acidentes”, sugere ela.

A previsão com datas para obras ou pelo menos licitação para o início das mesmas ainda não existe. Mas, conforme informações do sargento Adilson de Oliveira, o Deinfra já sinalizou que existe um projeto no papel para revitalizar pelo menos o acostamento do trecho entre a comunidade de Vila Nova e Rincão, contudo, não apontou previsão. A Rodovia possui 21,2km de extensão e é o principal acesso às cidades de Criciúma e Içara, e também liga Criciúma ao Balneário Rincão.


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