Segurança | 28/02/2013 | 10:10
Uma noite de sossego em Santa Catarina
Especial de Thais Leitão, da Agência Brasil
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Pela primeira vez desde o início da onda de ataques em Santa Catarina, em 30 de janeiro, a Polícia Militar não registrou nenhum episódio associado aos ataques ou a vandalismo nesta última noite. As autoridades garantem, no entanto, que a situação é vista com cautela e que as forças de segurança pública continuam mobilizadas em estado de atenção.
De acordo com o major Alessandro Marques, do centro de comunicação social da PM catarinense, a queda no número de casos vem sendo observada desde que presos suspeitos de ordenar, de dentro das cadeias, os ataques violentos foram transferidos para penitenciárias de outros estados. “Obviamente, comemoramos o fato de ter sido a primeira noite e madrugada sem qualquer ocorrência, mas nenhuma medida, nenhum cuidado está sendo relaxado”, disse.
Após a transferência dos presos foram contabilizados 51 atos de vandalismo. Ao todo, desde janeiro, houve 113 ocorrências em 37 cidades. “Muita gente se aproveitou da exposição da situação na mídia para praticar atos de vandalismo e ganhar seus cinco minutos de fama. Em um dos episódios, eles conseguiram entrar em rede nacional por terem incendiado uma lixeira”, disse.
O último ataque, segundo a PM, ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando dois homens em uma moto atiraram em direção a residências próximas à casa de um policial militar, no município de Criciúma. De acordo com a perícia, a dupla efetuou 12 disparos, mas não houve feridos e ninguém foi preso. A assessoria de imprensa da Polícia Civil catarinense informou que autoridades da segurança pública estão reunidas para fazer um balanço da atuação da força-tarefa nesta quinta-feira.
Embora a corporação não tenha informado o número atualizado de mandados cumpridos, aponta que foram presas, desde 30 de janeiro, 103 pessoas. A Polícia Civil reiterou que todas as forças de segurança no estado vão continuar mobilizadas por tempo indeterminado. Antes de começarem os ataques, o setor de inteligência indicava a possibilidade de atos violentos a partir de 3 de março, em comemoração à fundação de uma facção criminosa da região.